Publicado em: 28/04/2022
Hoje, 28 de abril, é o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho.
Um momento para refletirmos sobre histórias que muitas vezes foram interrompidas por conta do descaso e da busca incansável por lucros.
A data homenageia os 78 trabalhadores que foram mortos por conta da explosão de uma mina no Estado da Virgínia (EUA), em 28 de abril de 1969.
Em 2005, no Brasil, a data passou a ser também o “Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”, pela Lei nº11.121/2005.
Confira alguns dados alarmantes sobre o tema:
– Nosso país está em segundo lugar no G20 em mortalidade no trabalho;
– No mundo, um trabalhador morre por acidente de trabalho ou doença ocupacional a cada 15 segundos. De 2012 a 2020, um total de 21.467 destes trabalhadores eram brasileiros;
– Em oito anos, foram registrados no Brasil 5,6 milhões de doenças e acidentes de trabalho, gerando um custo previdenciário que ultrapassa R$ 100 bilhões.
Apenas nos últimos dois anos, em que a pandemia da COVID-19 acarretou em diversas restrições sociais e até trabalhistas, foram registrados mais de 30 milhões de casos e 670 mil mortes (dados computados até 19 de abril deste ano), a maioria trabalhadores que não puderam ficar em casa, que dependiam do transporte público e com poucos recursos para atendimento médico.
UM ALERTA É NECESSÁRIO!
A data também chama a atenção para o fato de que acidentes e adoecimento pelo trabalho não são normais.
É necessário pararmos de normalizar as perdas humanas e as doenças resultantes do serviço. Isso não deve ser tolerado pelos trabalhadores, pela sociedade ou pelos empregadores. O trabalho tem que ser digno, seguro e saudável.
